Arlete Salles fala sobre vaidade e comenta sobre namoros Foto:Fotos: João Cotta/TV Globo |
O que passou, passou! É desta maneira que Arlete Salles, 76 anos, conduz sua vida. “Com o passado nada podemos fazer, apenas aprender com os erros e acertos”, diz. No ar como a dedicada Naná, de Segundo Sol (Globo), se sente uma privilegiada por ser escalada para trabalhos relevantes como este. “Não sou protagonista, mas sei da importância desta personagem.” Sincera, fala sobre a finitude da vida, vaidade e até mesmo a possibilidade de um novo namorado.
Naná vive tapando o sol com a peneira com relação aos filhos. Também faz isso com os seus da vida real (Alexandre Barbalho e Gilberto Salles)?
Nunca vivi um problema tão sério com um filho. Claro que, como todas as famílias, existem os momentos mais nervosos na educação, a adolescência... mas é muito difícil para uma mãe condenar um filho.
Além da maternidade, o que mais tem em comum com a matriarca?
Fui muito amorosa, mas também não fui uma grande educadora, não ganharia o prêmio, fui um pouco permissiva. Casei e fui mãe com 16 para 17 anos. Diferente da Naná, junto com a maternidade tinha também a minha profissão. Se me arrependo de não ter tido mais tempo com os filhos por conta da carreira? Não me arrependo de nada. Foi o que a vida me apresentou.
Segundo Sol é um sucesso. Se acha privilegiada por ser escalada para fazer novelas?
Sem dúvida. Acho que sou uma mulher de sorte. Sei que tem várias colegas da minha idade ou até com menos idade que estão afastadas. Isso é muito triste para um ator.
Você é uma mulher guerreira. Enfrentou doenças, teve perdas tristes... Quando olha para trás, de que maneira enxerga sua trajetória?
Não costumo olhar para trás. Às vezes, fico refletindo sobre o futuro. E as perdas fazem parte, são sofridas, mas a vida é feita de desafios para superar. Venci alguns obstáculos muito bem, outros nem tanto, mas estou aqui , firme.
Envelhecer a incomoda?
Ainda estou envelhecendo e não sei falar sobre isso. Agora , sobre a passagem do tempo, não é lindo envelhecer. É muito ruim. Mas é inexorável.
Pensa na finitude?
Claro! Mas é um assunto tão desagradável... É tão triste e assustador porque é o desconhecido. Quando penso, digo: ‘Ah, deixa isso para lá ’.
Está sozinha há algum tempo. Sente falta de um companheiro?
Estou sozinha e não estou procurando namorado, imagina! Seria até patético. Não é por causa da idade , não. É melhor deixar que o inesperado faça uma surpresa. Mas também arrumar um namorado só para acompanhar no teatro ou ao restaurante, bobagem! Se é para namorar, vamos com tudo o que temos direito, né , não?
Fonte: Contigo
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