segunda-feira, 25 de abril de 2011

Matéria - Novela Bravo!, 1975


Depoimento Arlete Salles (2002):
Em seguida, você fez Bravo!, da Janete Clair.
Outro personagem fantástico, que eu lembro com saudade. Chamava-se Mimi: maluquete, engraçada, irreverente, mas deliciosa. Ela também casava com velhos. Não casava com tantos velhos seguidos como a outra personagem de Selva de pedra, mas teve lá um casamento com um velho, enfim. Aracy Balabanian fazia par com Carlos Alberto, que vivia um maestro. Por isso o título da novela era Bravo!. O personagem era adorável.

 

Foto enviada por Mada 

Matéria - Novela Cavalo de Aço, 1973

Depoimento Arlete Salles (2002): 
Você se lembra da novela Cavalo de aço, de 1973?
Eu fazia Lenita. Foi a primeira vez em que eu fui dirigida pelo Avancini. Avancini chegou à televisão dirigindo Selva de pedra já nos últimos capítulos, não participou do início da novela. E em Cavalo de aço, eu fazia a Lenita, uma vilã. Mas não lembro a história da Lenita, sei que era uma vilã. Bem arrumadinha, toda assim engraçadinha, com o figurino muito interessante, mas era uma vilã. Tem uma história louca: o Silvinho continuava cuidando dos meus cabelos, mas ele não entendia, não aceitava essa história de continuidade de imagens. Não se pode abrir a porta com o cabelo com um determinado comprimento e, quando entrar na sala e fechar a porta, o cabelo estar mais ou menos comprido. E eu tinha uma franja, enorme, bonita. Uma tarde, depois de uma gravação, entrei no salão, porque cabelo estava feio. Disse a ele: “Está grande demais, Silvinho. Está na hora de dar uma aparadinha.” Ele virou a minha cadeira contra o espelho, pegou a tesoura e desbastou a minha franja todinha. Eu pensei: “Avancini vai me matar!” A gente morria de medo do Avancini, porque ele era indiscutivelmente um grande diretor, mas era muito rigoroso. Eu tive tanto medo, rezei tanto que eu acho que, na hora de gravar, os anjos botaram a mão na frente do meu rosto e o Avancini não percebeu. Escapei ilesa.



Foto enviada por Mada