domingo, 29 de março de 2015

De peruca em ‘Babilônia’ e recuperada de doença aos 72 anos, Arlete Salles diz que espera viver novo amor


Dizem por aí que a decoração da casa reflete o estado de espírito do morador. A de Arlete Salles, de 72 anos, é tão cheirosa, clara e organizada, que você chega a tirar os sapatos e entra quase que na ponta dos pés. Aí chega a Consuelo de “Babilônia”, sorridente e com um casaquinho vermelho novo... Batata! O doce lar é mesmo o espelho da atriz. Por estar de bem com a vida, Arlete, que tem como um dos significados do seu nome a força de vontade, prefere falar do quão se acha jovem a conversar sobre o drama que vivera enquanto tratava um câncer de mama, no início de 2014. Solteira, ela diz que não está em busca de um amor, mas suspira: “O estado de paixão é uma coisa maravilhosa”.
Você sempre pareceu ser uma pessoa para cima...
Minha astróloga disse que o geminiano tem essa jovialidade. Espero que ela esteja certa. Acho que não vou envelhecer nunca. Recolher-se exige menos esforço que enfrentar a vida e os obstáculos, né? Mas navegar é preciso. Para viver é preciso coragem. É trabalhoso.
Você vai fazer 73 anos em junho...
Nunca me imaginei com essa idade. Cheguei aqui bem, graças a Deus, e só me lembro disso quando olho minha identidade. Não ajo conforme a idade, mas pelas minhas possibilidades físicas, emocionais e financeiras.
Como você se enxerga hoje?
Evidentemente que gostaria de ter 30 anos a menos, mas como não é possível, só tenho que agradecer a Deus por ter chegado a essa idade tão bem. Acho que não deveria me queixar.
Você comentou que não está gostando muito do cabelo curto...
Tenho dificuldade de me reconhecer quando me olho repentinamente com esse cabelo. E não me gosto, apesar de algumas pessoas elogiarem. Não tive escolha, mas ele está crescendo e vai ficar bacana. Como diz um amigo meu: não é grave.
Mas na novela você usa peruca?
Sim, e nem parece! Mas estou pensando em falar com o Dennis (Carvalho, diretor) para, lá na frente, quando o cabelo estiver maior, tirar, propôr uma transformação à personagem.
Como está sua saúde hoje?
Estou bem, totalmente recuperada. Esse desafio foi vencido. O fato de estar trabalhando me coloca de volta à vida. Traz a graça do contentamento. Retomei o espetáculo “O que o mordomo viu” (no fim de 2014) e agora estou em “Babilônia”. Quando você tem uma profissão que ama, salva tudo.
Mas você ainda está fazendo algum tratamento?
Estou tomando uma pequena medicação protocolar, que você faz por cinco anos. Um comprimidinho sem efeito colateral. E a vida segue normalíssima.
Pensar na morte te causa medo?
Qual o ser humano que não se apavora diante da morte? Detesto a ideia de que um dia vou morrer. Não sei se o que me dá mais medo é a velhice total ou a morte. Vi minha mãe totalmente dependente. Os grandes espiritualistas como Dalai Lama admitem que há três condenações: a velhice, a doença e a morte. Então posso dizer que não temo só a velhice do ponto de vista estético, mas da decadência física, de perder a autonomia. Aí fico pensando: como suportarei isso? Prefiro não pensar.
Como está o ritmo de gravação da novela?
Totalmente normal. Não estou gravando muito porque não é um personagem central. Consuelo é muito interessante e me divirto. Mas a proposta não é só essa, a de divertir, mas falar de homofobia, racismo, intolerância. É uma mulher autoritária, de convivência difícil. E a comédia é uma forma elegante de se falar de coisa séria.
Consuelo (Arlete Salles) com o filho Aderbal (Marcos Palmeira), a nora Maria José (Laila Garin) e a neta Laís (Luisa Arraes)
Consuelo (Arlete Salles) com o filho Aderbal (Marcos Palmeira), a nora Maria José (Laila Garin) e a neta Laís (Luisa Arraes) Foto: Alex Carvalho/Rede Globo/Divulgação
Além de tudo, você está com boa forma física. Tem feito exercício, dieta?
Exercício sempre, mas não sou muito disciplinada com alimentação. Gosto de açúcar, que é uma coisa altamente condenável nos dias de hoje. Frequento academia, sim, mas vejo gente da minha idade fazendo muito mais coisa. Vou lá, faço minha aeróbica, um pouquinho de musculação. Fiz dança de salão e sempre me proponho a voltar.
É verdade que você trocou o papel em “Babilônia’’ com Daisy Lúcidi (a Dulce)?
Jamais soube disso. Sei que um dia o telefone tocou e era convite do Dennis para fazer a novela. É a segunda vez que faço a mãe do Marcos Palmeira (Aderbal Pimenta) e ele é adorável.
A personagem pega muito no pé da neta (a Laís de Luisa Arraes). Você também é assim na vida real?
Não tive tempo de ser avó mesmo. Também não fui uma mãe tão presente, sempre trabalhei bastante. Não vivenciei muito isso, por ser a chefe de família.
Você é uma mãe moderna?
Não consigo reprimir ninguém. Nem meus cachorros. Sei que fui uma mãe muito permissiva, mas acabou dando certo porque o Gilberto e o Alexandre (filhos de seu primeiro casamento, com o ator Lúcio Mauro) são pessoas ótimas e meus netos são maravilhosos. Tenho uma boa família. Tive sorte. Claro que cometi erros e acertos na educação deles. E também fui mãe com 16 anos. A maternidade é o maior compromisso que você assume na vida. E eu, com 16, ainda descobrindo a vida, com filho nos braços. É ruim para o bebê e para a mãe também.
O diretor de ‘Babilônia’ Dennis Carvalho presenteia com Arlete Salles durante coletiva da novela
O diretor de ‘Babilônia’ Dennis Carvalho presenteia com Arlete Salles durante coletiva da novela Foto: Nina Lima
Mas você queria isso, casar e ser mãe cedo?
Acho que quando você deixa de ser criança e entra na adolescência, começa a pensar no outro sexo como um par. O formar uma família faz parte da natureza feminina. E na minha época a gente não tinha acesso à sexualidade antes do casamento, então a gente corria atrás do casamento. Mas fui corajosa, porque já casei com barrigão.
Teria mais filhos?
Meu projeto era ter uma grande família, até porque fui filha única. Achava que a casa seria mais alegre, movimentada. É o temperamento geminiano, de não querer ficar parada. Claro que hoje estou mais recolhida que alguns anos atrás. Para mim era impensável não sair, ter um jantar, ir dançar numa sexta, um sábado à noite. Ficava muito mal. Hoje em dia me programo para ficar em casa. Quero um bom livro, meus cachorros. De vez em quando tomo um vinho...
Sozinha ou acompanhada?
Acompanhada é melhor, mas há algum tempo que tomo sozinha.
Você nunca desistiu do amor, até porque casou duas vezes (Arlete também se casou com o ator Tony Tornado)...
Ah, mas acho que ninguém desiste do amor. Posso até nunca mais me relacionar romanticamente com alguém, mas não é o que estou estabelecendo para mim. Ainda acho que o desejo da felicidade, do amor, vai com a gente sempre. O estado de paixão é uma coisa maravilhosa. Não estou buscando. Se estiver escrito nas estrelas um encontro... Mas que seja bacana!
Há pouco tempo estava namorando uma pessoa mais nova...
É.. Namorei pessoas mais novas, sim. Hoje em dia a internet vai à loucura com atrizes que namoram pessoas mais novas. Falam coisas horríveis. Eu vou namorar, e se isso acontecer, não vou expor. Nunca mais falarei para as pessoas o que está acontecendo na minha vida pessoal, para não ficarem rotulando. Até porque não adianta me criticar na internet porque eu não acompanho.
Então você não viu a repercussão sobre o beijo entre Estela (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro)?
A internet abre possibilidades para essas pessoas. A violência vem com força. Gente, os casais homossexuais também envelhecem. Elas estão juntas há 40 anos. Foi um beijo singelo. Existe carinho, harmonia naquele casamento.
A Copélia de “Toma lá dá cá” também era uma senhora com vida sexual bem ativa e polemizou...
Mas era isso que Miguel (Falabella, autor) queria: mexer com a intolerância à vida sexual dos idosos. Como divertia as pessoas, acabou caindo no gosto.
Você ficou com receio na época?
No início sim, porque nunca fiz nada tão audacioso. E esse personagem tratava exatamente desse preconceito em relação aos idosos.
Você tem religião?
Sou católica não-praticante. Vou à missa quando posso e tenho fé. Ainda mais agora, depois desse percurso de saúde difícil que eu fiz. Pedi até para um artista plástico muito querido, o Geraldo Andrade, pintar um São Francisco de Assis para mim.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Familiares e amigos velam corpo de Cláudio Marzo no Rio


Com a presença de amigos e familiares, ocorre nesta quinta-feira (26) o velório de Cláudio Marzo, no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio de Janeiro. O ator morreu na manhã do domingo (22), aos 74 anos, após complicações causadas por um enfisema pulmonar. Ele estava internado desde 4 de março, com quadro de pneumonia.
 Xuxa Lopes, ex-mulher de Cláudio, foi uma das primeiras a chegar ao velório, que ficará aberto ao público até às 16h. Depois, o corpo será cremado, em cerimônia fechada aos familiares do ator. Em conversa com QUEM durante o velório, ela falou sobre o casamento com Cláudio. “Fizemos peças e filmes juntos, antes de nos casarmos. Volta e meia nos escalávamos para trabalhar juntos, e aí a gente casou e teve o Bento", contou.
"Fomos casados um bom tempo até que nos separamos, mas continuamos amigos. Íamos na casa dele e da Neia [viúva de Marzo], que é uma pessoa maravilhosa. Todo mundo sempre junto", lembrou Xuxa.
Ela falou ainda sobre a saúde frágil do ex-marido, muito por conta do vício em fumar. “Estava com muita dificuldade para respirar por causa do diabo do cigarro. Ele fumava, sabia que era uma besteira, sabia para onde ia, daí chegou o momento dele. Ele adorava fumar, e é a cabeça da pessoa, é a coisa do vício, ele não conseguiu interromper. Ele poderia ter tido uma vida. Dá raiva, ele tinha muita coisa para fazer ainda", disse, muito emocionada.
Os filhos Alexandra, do casamento com Betty Faria, Diogo, da união com Denise Dumont, e Bento, com Xuxa Lopes, também foram se despedir do pai. Betty, que chegou logo depois acompanhada da neta Giulia, consolou a filha, que estava bem abatida. Em certo momento do velório, as três se reuniram em torno do caixão aberto para entoar um mantra em homenagem a Cláudio.
Entre os amigos do ator, estiveram presentes Martha Alencar, viúva de Hugo Carvana, ao lado da filha, Rita Carvana, o ator Roberto Pirillo, além de Antônio Pedro, que chegou junto à mulher, Andrea Bordadagua. Em entrevista a QUEM, ele falou sobre o amigo. "Cláudio era uma pessoa rara, de grande integridade, um grande amigo, fomos sócios. Eu o conheci há 50 anos e o que posso dizer é que era um cara reto, decidido", disse Antônio.
Maria Zilda Bethlem chegou ao local com uma amiga, a diretora Viviane Spinelli. "A gente não pode falar o tamanho da perda porque qualquer coisa seria redundante. Na minha religião e na minha maneira de pensar, quero acreditar que ele foi descansar. Cláudio sofreu e mereceu esse descanso. Ele foi tão bacana que Deus deixou ele descansar", contou a atriz, que também falou sobre a relação que tinha com o ator.
"Conheci Cláudio há muitos e muitos anos, na década de 1970, fazendo uma novela de Marcos Paulo, que também nos deixou. Começamos a nos frequentar, ele já tinha um sítio no meio do mato onde passei vários fins de semana e carnavais. Fizemos um filme, O Homem Nu, e uma novela, A Lua Me Disse. Durante essa novela, ele já tinha problemas de saúde, mas conseguiu se recuperar", lembrou Maria Zilda.
Outra atriz que compareceu ao velório foi Arlete Salles. Em conversa com QUEM, ela contou que era comadre de Cláudio, já que é madrinha da filha Alexandra. "Nesses momentos, não sei o que dizer, não gosto da morte, a morte é algo muito radical. Vim me despedir do meu compadre e dar um beijo na minha afilhada, sou madrinha da Alexandra, e dar um beijo na minha comadre Betty", disse.
Sobre o colega de profissão, ela declarou: "Cláudio deixou uma carreira brilhante, era um homem íntegro que brilhou no cinema, no teatro e na TV. É uma pena que se foi tão cedo, poderia ter vivido mais, hoje que o homem está tão longevo. Mas onde quer que o compadre esteja, que ele esteja bem porque ele merece."
Otávio Augusto também falou sobre a relação com o amigo. "Claro que só tenho lembranças boas. Ele era um amigo de muitos e muitos anos, convivemos desde o Teatro Oficina e a TV Tupi, em São Paulo, nos anos 60. Cláudio era uma pessoa generosa e amiga, um cara muito especial. Claro que a gente sente muito, mas o que ele tinha que fazer aqui, ele fez bem", desabafou.
Múltiplas internações
Cláudio Marzo morreu na manhã de 22 de março, após complicações causadas por um enfisema pulmonar. De acordo com a assessoria de imprensa da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade desde o dia 4 de março por conta de uma pneumonia.
Há meses o ator vinha sofrendo com a saúde frágil, e fez várias passagens pela mesma clínica, localizada na Gávea. Em setembro de 2014, Cláudio passou duas semanas internado por conta de uma pneunomia. No mês seguinte, foi submetido a uma cirurgia no aparelho digestivo e, em novembro, foi internado mais uma vez com hemorragia digestiva e diverticulite. Neste ano, teve problemas respiratórios e voltou para o hospital em fevereiro.
Fonte:Quem

terça-feira, 24 de março de 2015

Após polêmica na estreia, “Babilônia” exibirá aborto

Já no capítulo desta quinta (26), a trama vai mostrar um podre do político corrupto vivido por Marcos Palmeira. A empregada da família será clicada entrando em uma clínica de aborto. A fotografia será publicada por um jornal de Jatobá, gerando um problema que pode arranhar a imagem do prefeito, que defende “a moral e os bons costumes”.
 A moça será humilhada por Consuelo (Arlete Salles) e acabará revelando que o filho que abortou era seu neto, filho de Aderbal. “Meu filho é homem, montou em você porque é homem, você engravidou porque é burra, até vagabunda de rua sabe evitar filho, sua cadela”, gritará a mãe do prefeito, disparando vários comentários preconceituosos.
 “Joga essa infeliz num carro e some com ela”, dirá a megera. Para a imprensa, Aderbal vai se declarar escandalizado com a situação e contra o aborto. Para sua mulher e eleitores, Aderbal dirá que demitiu a moça porque ela “traiu sua confiança”. A empregada receberá uma boa quantia para sumir.

Fonte:O TV Foco

Laís e Rafael se apaixonam

Irada por não concordar com o comportamento de Aderbal (Marcos Palmeira) e de Consuelo (Arlete Salles), que resolvem mudar de Jabotá para o Rio de Janeiro, alegando que é para o bem da vida política dele, Laís (Luisa Arraes) se rebela durante o trajeto do apartamento na Barra da Tijuca para uma importante festa de um deputado.

 A neta de Consuelo abre a porta do carro e sai correndo, dizendo que não suporta mais aquela vida chata, e desaparece. Pouco depois, Rafael (Chay Suede) vinha em sua scooter e quase atropela Laís, que cai no meio da rua. Desesperado, ele oferece sua ajuda, a moça reclama, mas ao olharem um para o outro, rola um clima de paixão intensa e os dois não se desgrudam mais.
Fonte: Boa Informação

terça-feira, 17 de março de 2015

Elenco de 'Babilônia' assiste ao 1° capítulo em churrascaria

O elenco de "Babilônia" se reuniu em uma churrascaria nesta segunda-feira, 16, no Rio para assistir juntos ao primeiro capítulo da nova Novela das 21h, escrita por Gilberto Braga.