sábado, 5 de maio de 2012

Relembre "Pedra Sobre Pedra"

Autoria: Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares 
Direção geral: Paulo Ubiratan 
Período de exibição: 06/01/1992 – 01/08/1992 
Horário: 20h30 
Nº de capítulos: 178


Delegada
- A personagem de Arlete Salles chamou a atenção em 
Pedra Sobre Pedra: dona Francisquinha, uma déspota casada com o covarde, omisso e infiel Queiroz (Nelson Xavier). Fingindo não saber da infidelidade do marido, ela se vinga dele assumindo seu posto de delegado da cidade. O casal garantiu momentos de humor à história. 

FRANCISQUINHA QUEIROZ (Arlete Salles) — A austera Umbelina, chamada de Francisquinha pelo espaço que se supõe tomar do marido, Francisco (Nelson Xavier), não é bem vista pelas senhoras locais. Muito masculina, veste farda, porta arma e dirige lambreta. É uma das que se envolve com Jorge Tadeu (Fábio Jr.). 


ARLETE SALLES SOBRE SUA PERSONAGEM:
Como foi fazer Pedra Sobre Pedra, do Aguinaldo Silva?
Dona Francisquinha. Esse personagem trouxe um desafio enorme para mim, porque eu tinha que andar de Vespa, e sequer andei de bicicleta. Uma das últimas coisas que o Paulo Ubiratan falou para mim foi: “Eu te escalo melhor do que ninguém! Ninguém sabe te escalar tão bem quanto eu!” Foi ele que me escalou para fazer a Francisquinha. E ela era um personagem muito louco também. Era uma déspota, com um marido covarde, molenga, que ela dominava. Ela foi traída, foi lesada na sua sexualidade, então ela o lesava no campo profissional, tirando a cadeira de delegado dele e assumindo o cargo. Era muito engraçado, mas o desafio mesmo era ter que andar de Vespa. Claro que se eu não conseguisse andar, não deixaria de fazer o personagem, mas eu queria cumprir aquilo. Eu ia me sentir derrotada e frustrada se eu não conseguisse que a Francisquinha andasse naquela maldita Vespa velha. Aí, eu comecei a ter aulas de direção com um instrutor. Achei muito difícil aquilo, mas consegui andar. Era uma Vespa muito velha e, uma hora lá, alguma coisa lá dentro disparou, ela acelerou, passou as marchas seguintes, e eu fui direto num ônibus que estava parado. Abri um ferimento na boca. Disse para o instrutor: “Você me ponha para andar agora, senão nunca mais eu vou ter coragem de voltar a sentar numa Vespa de novo”. Fiz mais uns dez minutos de aula, já com a boca inchada. Peguei o carro, fui ao médico e falei para ele: “Pelo amor de Deus, costura direito a minha boca que eu sou atriz de televisão. Cuida da minha boca direito, eu não posso ficar com a minha boca marcada”. Ele falou: “Ninguém pode ficar com a boca marcada, Arlete. Não é só artista de televisão. A sua boca vai ficar direitinho”. Ele costurou a minha boca e ela ficou direitinha mesmo. Ninguém percebeu nada. Eu voltei a fazer as aulas no dia seguinte e, graças a isso, a Francisquinha andava de Vespa na novela, não com tanta destreza, mas ela não era a delegada mesmo, não tinha nada que estar ali fazendo a perícia, as buscas e apreensões. Mas ela andava de Vespa, era um detalhe interessante do personagem. Eu não quis ser derrotada por isso e não me permiti tirar isso do personagem, fui até o fim. 



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*Alguns vídeos não pegam pela playlist, digite o número do capítulo e o número da parte no youtube para melhor visualizaçã.












Fonte: Memória Globo, matérias enviadas por Daianny Camargo

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